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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A bolsa e a Mulher.... Porque as mulheres amam bolsas?





Bolsas femininas é um artigo que todo mulher tem e adora a sua. Cada uma tem uma bolsa com a sua cara ou tem uma bolsa que combine com a sua cara em determinado dia.
Como a criatividade humana é infinita assim como o desejo das mulheres por bolsas.

Com que bolsa eu Vou?













dupla face assim ou...

assim!

Bolsas Curiosas : Criações da designer Kathleen inspirada em formas da natureza.
As peças são produzidas com resina de poliuretano.







E ai tem coragem? qual vc usaria?... é só escolher e entrar na moda !

Clogs .... Esa moda vai fazer os seus pés?

Clogs os tamancos da estação!
Ele é super polêmico. Há quem ame, quem odeie e quem ainda não chegou a uma conclusão. Eu particularmente não curto os tamancos, nem clogs e muito menos os Crocs! Mas como ele tem aparecido na mídia, e inclusive a Globo Marcas já lançou a versão do sapato com a grife "Ti, Ti, Ti", aproveito para falar um pouquinho da história e também as formas de uso.

Eles foram febre nos anos 70 e ressurgiram nos anos 90 (com o nome de babuche), caindo em desuso rápido. Mas desde que Karl Lagerfeld colocou suas modelos de clog na temporada de verão 2010 da Chanel, eis que o tamanco virou febre e tendência fashionsista no verão europeu. A atmosfera do desfile era bem campestre, bem típica da origem dos clogs. O solado aparece com madeira, a parte de cima é feita com couro (mas pode aparecer com outros tecidos como a carmurça) e tachas ao redor prendem as duas partes de modo bem rústico. 

Na sequência Miu Miu, Prada, Gucci, Marc Jacobs, Louis Vuitton, Alexander Wang e Fendi também apostaram no sapato. Já no Brasil, o calçado apareceu nos desfiles de Lucas Nascimento, TNG e Neon.

Como a tendência do estilo Bohemian (esse sim eu adoro) tem se fortalecido nessa primavera-verão, as clogs ficam mais fáceis de produzir, já que têm tudo a ver com os estilos hippie e setentinha, época de seu lançamento.
desfile Chanel,2010
Vitrine Prada 2010
                                                           Mimi Miu 2010
O que são Clogs?

Clog significa tamanco em inglês. São altas plataformas de madeira, que podem ser vazadas ou não, e apresentam diferentes formatos. Também podem ser encontrados em forma de sapatilha, com altos solados, ricamente bordados, forrados e pintados. Também são chamados de clogs os tamancos típicos usados pelos alemães, bretões, holandeses e franceses, feitos de madeira, com bico pontudo virado para cima e solado mais baixo.


Lindos!
Ameeeiiiiiiiiiiiiiii....
e este..... s2


veja abaixo algumas maneiras de usar seu clog....




 Agora é só aderir aos clogs .... e começar a usar....

sábado, 30 de outubro de 2010

Clarice Lispector - última entrevista (influências)

Biografia : Vida e obras. Clarice na cabeceira!

Biografia Clarice lispector:

Clarice Lispector nasceu a 10 de dezembro de 1920, em Tchetchelnik, Ucrânia. Recém-nascida veio com os pais, em 1921, para Maceió. Em 1924, mudou-se com a família para Recife e, em 1935, estavam no Rio de Janeiro. Em 1943, tornou-se aluna da Faculdade de Direito. Nesse período escreveu seu primeiro romance, Perto do Coração Selvagem. Casou-se com o embaixador Maury Gurgel Valente. A seguir, morou em Nápoles, Berna, Torquay (Inglaterra) e Washington.
Em 1959, separou-se do marido e fixou residência no Rio de Janeiro. A partir daí, colaborou para a revista Senhor, fez entrevistas para a revista Manchete, colaborou em colunas para o Jornal da Tarde, Correio da Manhã e, anos depois, para o Jornal do Brasil, além de manter a coluna "Só para mulheres", no Diário da Noite.
Em 1962, recebeu o prêmio Carmem Dolores pelo romance A Maçã no Escuro. Em 1967, recebeu o prêmio Calunga, da Companhia Nacional da Criança pela publicação de O Mistério do Coelho Pensante. Em setembro, desse mesmo ano, provoca, acidentalmente, um incêndio em seu apartamento, queimando gravemente sua mão direita.
Em 1968, junto com outros intelectuais, participou de uma manifestação contra a ditadura militar. Em 1976, recebeu o prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal pelo conjunto de sua obra. Em 1977, publicou seu último livro, A Hora da Estrela [ver Antologia]. Faleceu, no dia 9 de dezembro, desse mesmo ano, devido a um câncer no útero.

CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS

Com seu primeiro romance, Perto do Coração Selvagem [ver Antologia], Clarice desperta estranhamento e surpresa em alguns críticos, precisamente porque sua obra não se enquadrava em qualquer programa dos modernistas, nem dos regionalistas do período anterior.
O trabalho da escritora é complexo e identificado como o ponto mais alto da segunda fase do Modernismo. O tema dominante versa sobre a necessidade que o homem tem de amparar-se na linguagem para suportar o desamparo diante do universo, recoberto pelo silêncio intraduzível.
A tarefa da escritora é aprisionar esse silêncio e dar-lhe sentido. Esse trabalho exige contínuas retomadas que vão criando um discurso paradoxal, transitório, assim definido por Benedito Nunes: "o sentido erra entre o exprimível dos significantes e o inexprimível do significado".
Nas obras de Clarice se destacam: o emprego intenso da metáfora, o fluxo da consciência e o rompimento com o enredo. No conjunto, essa técnica colabora para a visitação do mundo interior das personagens, sempre manifestado pela subjetividade em crise. A memória serve de elo condutor entre o subjetivo e o "real", favorecendo à auto-análise, numa espécie de "um contínuo denso de experiência existencial".
Essa experiência resulta em despersonalização das personagens, diante da impossibilidade da representação do mundo e do quotidiano, enquanto buscam o centro de si mesmas. É, pois, uma queda no vazio, provocadora de horror, como em A Paixão Segundo G.H. [ver Antologia]. Seus temas mais comuns são: a relação entre o bem e o mal, a culpa, o crime, o castigo e o pecado.

PRINCIPAIS OBRAS

Romances

Perto do Coração Selvagem (1943); O Lustre (1946); A Cidade Sitiada (1949); A Mação no Escuro (1961); A Paixão Segundo GH (1964); Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres (1969); Água Viva (1973); A Hora da Estrela (1977).

Contos

Alguns Contos (1952); Laços de Família (1960); A Legião Estrangeira (1964), contos e crônicas; Felicidade Clandestina (1971); A Imitação da Rosa (1973); A Via Crucis do Corpo (1974); Onde Estivestes de Noite? (1974); A Bela e a Fera (1979).

Crônicas e entrevistas

De Corpo Inteiro (1975), entrevista; Visão do Esplendor (1975) crônicas; A Descoberta do Mundo (1984) crônicas.

Infantil

O Mistério do Coelho Pensante (1967); A Mulher que Matou os Peixes (1969); A Vida Íntima de Laura (1973); Quase de Verdade (1978).



Clarice Lispector, como Guimarães Rosa, acrescentou de forma extraordinária a escrita brasileira à nossa língua, à "pátria" de Fernando Pessoa. Mas quando falava, pensavam que era estrangeira. E ela, que é uma aurora em nossa literatura, tinha muita dificuldade em pronunciar essa bela palavra.
A minha primeira língua foi o português. Se eu falo russo? Não, não absolutamente.( ...) eu tenho a língua presa. (...) algumas pessoas me perguntavam se eu era francesa, por causa desses meus erres. (Entrevista)
A brasileira Clarice, que só por acaso nasceu em uma cidadezinha da Ucrânia, dominava o inglês e o francês, mas só escreveu em português, a sua, a nossa língua materna e, que se saiba, nunca falou iídiche ou hebraico. Uma vez alfabetizada, tornou-se logo uma leitora voraz.
Quando eu aprendi a ler e a escrever, eu devorava os livros! Eu pensava que livro é como árvore, é como bicho: coisa que nasce! Não descobria que era um autor! Lá pelas tantas, eu descobri que era um autor! Aí disse: “Eu também quero”. ( Entrevista)
Sua carreira começa Perto do Coração Selvagem, título jamais desmentido ao longo dos outros romances, dos contos e das histórias infantis, ou de todas as crônicas. Com seus olhos felinos abertos de soslaio sobre o mundo, Clarice Lispector permaneceu sempre perto do coração da vida, selvagem como a natureza agreste de sua infância em Pernambuco, diferente, inaugural e transgressora, se autocriando e autodevorando como um sol que ilumina enquanto queima a si mesmo, e que aquece porque se consome.
Clarice devora-se a si mesma. (Lúcio Cardoso)
Como a própria Clarice declarou, a compulsão de escrever a fazia sentir-se morta quando não estava escrevendo.
Nasci para escrever.(...) Cada livro meu é uma estréia penosa e feliz. (Entrevista)
A escrita clariceana, porém, ilumina sem desvelar totalmente. Como na poesia, insere-se o silêncio na encantatória prosa da escritora - tudo o que ela não clarifica -, como se ao falar da existência ainda quisesse revesti-la de outros véus. Talvez por isso o sortilégio de sua linguagem seja tão aliciante.
Ela não conta histórias, escreve a vida. E escreve o escrever.
Essa capacidade de me renovar toda à medida que o tempo passa é o que eu chamo de viver e escrever... ( Entrevista)
Com intensidade e densidade nunca antes atingidas, e que jamais esmorecem, Clarice Lispector consegue o equilíbrio improvável de andar sobre o fio de uma navalha para rasgar os véus do real e mostrar o até então indizível, o não-dito dos impulsos pensantes, das pulsações da consciência e da escrita. Quando seu personagem Martim se prepara para escrever, o processo é evocado:
... em torno dele soprava o vazio em que um homem se encontra quando vai criar. Desolado, ele provocara a grande solidão. (...) E como um velho que não aprendeu a ler ele mediu a distância que o separava da palavra.
( A Maçã no Escuro)
A escrita de Clarice ocupa exatamente esse improvável espaço, o imensurável: a distância que nos separa das palavras. É a medida de um vazio, de um abismo que se abre no instante infinitesimal em que as palavras tomam sentido. Por isso, tem-se a impressão de que ela está escrevendo à nossa frente, diante de nós, para nos revelar em sua total nudez, em seu pungente desamparo, o próprio ato de escrever.
O coração batendo de solidão. ( A Maçã no Escuro)
É uma escrita no gerúndio, no sendo do Ser, como se ela tivesse feito do delírio de Molly Bloom um método - não para rememorar vicissitudes ou aventuras, mas para pensar conosco a vida de todos nós. É um constante perguntar. Essa necessidade de questionar, de perguntar sobre a vida, sobre a morte, sobre o amor se encontra em todos os textos de Clarice, desde as simples crônicas até os romances mais densos e metafisicamente dramáticos como A maçã no escuro e A paixão segundo G.H. E esse perguntar clariceano é da ordem da metafísica: por que existe o mundo ao invés do nada? que é isto, estar vivo? que quer dizer viver, amar, morrer? E há em sua escrita um certo socratismo, uma ironia e uma maiêutica .Tudo se passa como se ela tivesse conservado e desenvolvido esteticamente a indagação infantil, como se não tivesse esquecido o que é ser criança no mundo, naquilo que a criança tem de filósofa. E quando ela se detém na experiência amorosa, como em Uma aprendizagem ou O Livro dos Prazeres, o relato é o de uma iniciação, ou de uma ascese .
A madrugada se abria em luz vacilante. Para Lóri a atmosfera era de milagre. Ela havia atingido o impossível de si mesma. Então ela disse, porque sentia que Ulisses estava de novo preso à dor de existir:
- Meu amor, você não acredita no Deus porque nós erramos ao humanizá-lo. Nós O humanizamos porque não O entendemos, então não deu certo. Tenho certeza de que Ele não é humano. Mas embora não sendo humano, no entanto, Ele às vezes nos diviniza. Você pensa que –
- Eu penso, interrompeu o homem e sua voz estava lenta e abafada porque ele estava sofrendo de vida e de amor, eu penso o seguinte:
E esse romance, que se insere no possível, se inicia com uma vírgula e não acaba, apenas se interrompe com esses dois pontos, sugerindo assim um quadro cujas linhas mestras o tivessem recortado do grande mistério que tudo contém. Dizem os entendidos que o Talmud se caracteriza por ter muito mais perguntas do que respostas, ou melhor: por deixar sempre em aberto o espaço da dúvida, do questionamento, da pergunta. Nesse sentido, Clarice estaria retomando o próprio espírito, a essência do judaísmo para inseri-la, com absoluta adequação, no mundo contemporâneo. E em muitos trechos de sua obra é possível apontar uma inegável afinidade com textos da Cabala, como se lê no ensaio A Ética cabalística em Clarice Lispector:
Ela não veio para esclarecer o mistério, veio para reafirmá-lo. ( Ester Schwartz)
Expressiva e significativa seria a própria escolha de seus títulos ao evocar etapas no caminho cabalístico que percorre, entre outras, as esferas do corpo e da sensação, do amor, da paixão, do prazer, da iniciação, da escuridão, da perplexidade ou da estranheza , do esplendor, etc. Bastaria lembrar alguns: A Via Crucis do Corpo; Perto do Coração Selvagem; A Paixão segundo G.H.; A Maçã no Escuro ; Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres; A Legião Estrangeira; e Visão do Esplendor.
Diante da originalidade da escrita de Clarice, compreende-se melhor a fórmula segundo a qual a literatura no século XX deixou de ser a escrita da aventura para tornar-se a aventura da escrita, uma iniciação e uma aprendizagem. O próprio ato de escrever é vivido e revelado em um estado de consciência exaltada, exacerbada, que evoca uma singular e solitária experiência mística.
Na verdade, eu acho que o nosso contato com o sobrenatural deve ser feito em silêncio e numa profunda meditação solitária. (Entrevista)
No entanto, quando os filhos eram pequenos, para não afastar-se deles, Clarice acostumou-se a escrever sentada no sofá da sala de seu apartamento:
Uso uma máquina de escrever portátil Olympia que é leve bastante para o meu estranho hábito: o de escrever com a máquina no colo. Corre bem, corre suave(...) provoca meus sentimentos e pensamentos. (Entrevista)
Pensamentos e sentimentos que configuram seu inquieto perguntar. E refletem a perplexidade de nossas modernas incertezas, das revisões e mudanças de paradigmas, a fragmentação do conhecimento, o mundo da imagem e do esfacelamento da imagem ," ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê - " como diria Fernando Pessoa.... Um perguntar generoso. Perguntar é abrir, é descortinar, é vislumbrar e expandir horizontes. Responder é limitar, fechar, encerrar. Perguntar é o eterno recomeço, é a vida renascendo e se alargando em suas infinitas possibilidades, inclusive a de errar e de recomeçar. Perguntar tem o peso da consciência crítica e a leveza da imaginação. Perguntar é pensar. Pois o grande personagem, o verdadeiro protagonista que reaparece em cada conto e até mesmo em cada crônica , e se agiganta nos romances de Clarice - é o pensamento.
Tomar conta do mundo exige também muita paciência: tenho que esperar pelo dia em que me apareça uma formiga. (Água Viva)
E pode-se dizer que o seu é um pensar heideggeriano, que "toma conta do Ser". Do Ser que, como sabemos, é Tempo. O tempo, ou o “instante - já", que ela quer captar em Água Viva, por exemplo, esse livro inesgotável que é uma saga, uma luta da escrita contra o Tempo e contra a Morte. Nesse livro, mais do que em qualquer outro, ela foi capaz da bachelardiana "intuição do instante" e reconheceu no instante impalpável a possibilidade do êxtase. Como em Joyce, é a experiência que a atrai, não seu fruto ou seu significado. E ela sabe transformar em um absoluto o instante fugidio.
Sei o que estou fazendo aqui: conto os instantes que pingam e são grossos de sangue. (....)
Sou um ser concomitante: reuno em mim o tempo passado, o presente e o futuro, o tempo que lateja no tique-taque dos relógios. (Água Viva)
Clarice significa em nossa literatura um turning point inimitável . O que ela faz de forma original, inaugural, é criar momentos de iluminação, de revelação, ou, usando a palavra tão cara a Joyce e a ela , de epifania. A epifania que é o sentimento vivo da fluidez inapreensível do real ... salvo pela arte.
Se Kafka fosse mulher. Se Rilke fosse uma brasileira judia nascida na Ucrânia. Se Rimbaud tivesse sido mãe, se tivesse chegado aos cinqüenta. Se Heidegger pudesse ter deixado de ser alemão, se ele tivesse escrito o Romance da Terra. (...) É nessa ambiência que Clarice Lispector escreve. Lá onde respiram as obras mais exigentes, ela avança. Lá, mais à frente, onde o filósofo perde o fôlego ela continua , mais longe ainda, mais longe do que todo saber.
( Hélène Cixous in A HORA DE CLARICE LISPECTOR)
Sua obra não é feita de livros como a dos outros, como Cixous já havia
reconhecido em 1979, ainda sob o impacto da leitura de A Paixão segundo G.H., num texto que chamou L’approche de Clarice Lispector.
Clarice Lispector: Essa mulher, nossa contemporânea, brasileira (...) não são livros o que ela nos dá, mas o viver salvo pelos livros, narrativas, construções que nos fazem recuar. E então entramos, por sua escrita-janela, na beleza assustadora de aprender a ler: e passamos, através do corpo, para o outro lado do eu. Amar a verdade do que é vivo, aquilo que parece ingrato aos olhos narcisos, (...) amar a origem, interessar-se pessoalmente pelo impessoal, pelo animal, pela coisa. (Hélène Cixous in Entre l’Écriture )
O pensamento dessa “escrita-janela” é eminentemente feminino, acolhedor e amoroso como um abraço. Sua linguagem é fluida e envolvente como a música de Debussy, que ela tanto amava. Sim, a música, a mais dialética das artes, que vem-a-ser na medida mesma em que vai deixando de ser e só se completa no silêncio, como a vida. Pois ela dedica A Hora da Estrela, entre outros, a Schoenberg e a Strawinsky, o que demonstra o quanto estava afinada não apenas com os escritores mais ousados e experimentais, mas também com a música contemporânea atonal e dodecafônica, assim como com as abstrações das artes plásticas. A propósito destas, Lúcia Helena Vianna revelou, em seu ensaio O figurativo inominável , outra linguagem explorada por Clarice – a da pintura - , que a escritora não mostrava sequer às pessoas de sua família , mas que não deixa de confirmar, em seu exercício de amadora, afinidades com o moderno expressionismo abstrato.
Ângela herdou de mim o desejo de escrever e de pintar. E se herdou esta parte minha é que não consigo imaginar uma vida sem arte de escrever ou de pintar ou de fazer música. ( Um Sopro de Vida)
Pode-se dizer ainda que sua escrita é um solilóquio mediatizado pelas muitas faces dos diversos personagens, nos quais, sempre com a mesma voz, ela se desdobra ao infinito. Pois os personagens de Clarice não são tipos, ela não cria tipos. Há várias coisas , aliás, que ela não faz como os outros, porque não precisa fazer. Sua obra não tem nada a ver , por exemplo, com o pseudo-realismo escatológico tão em voga hoje.
E o conflito, que alimenta o drama ou o romance, não é em sua escrita um conflito convencional, como o do desentendimento entre personagens, mesmo que isso também exista e apareça, nem é a luta das paixões, ainda que isso também exista e que toda a sua obra, em última análise, seja uma paixão - no sentido da paixão de Joana D'Arc, ou da Paixão segundo G.H. ( ou a de Martim, de A Maçã no Escuro, ou a da pungente Macabéa, de A Hora da Estrela). O pathos de sua obra está nas próprias questões formuladas por sua escrita , são as angústias existenciais dos seres que a representam e habitam. Porque criaturas e criadora só aparentemente descrevem coisas, objetos, bichos, pequenos acontecimentos do quotidiano. O que essa escrita descreve, ou, como diria Guimarães Rosa, descrevive, é o nosso próprio estar - no - mundo. É sobre o mistério de estar - no - mundo que ela nos fala, o mistério de ser gente, G.H., gênero humano. Torna-se evidente também que a protagonista de A Hora da Estrela - Macabéa - é o opróbrio da brasilidade em todas as suas opressões: a do pobre, a do nordestino desajustado e a da mulher.
Macabéa é a cara do Brasil. Ela é o que todo mundo é. Ela é um Macunaíma de saia, uma anti-heroína aqui do Brasil, mas com uma universalidade muito grande. (Suzana Amaral, cineasta, diretora de A Hora da Estrela)
Macabéa é a nossa cara mais trágica. E acima de tudo, como diz a scholar da Sorbonne,
esta é uma meditação sobre a última hora. A hora maravilhosa e impensável , a hora para a qual nos inclinamos como em direção à verdade. A minha verdade, a nossa verdade, essa estrangeira, essa estranheza cuja visão do rosto nos foi prometida para o final. (Hélène Cixous in A Hora de Clarice Lispector)
Além do pensar filosófico, que se expressa em feminina e socrática ironia, há uma ética na escrita de Clarice: uma caridade autêntica e um profundo respeito pelo semelhante, pela criança e pelo mendigo, pelos desencontrados laços de família, pelos amores infelizes, por nossa finitude.
Que ninguém se impressione: ela escreve também estórias. Uma jovem senhora rica encontra um mendigo. E em seis páginas é o Evangelho, ou o Gênesis. Não. Não estou exagerando... (Cixous, Hélène, op. cit.)
Pois seus olhos de água refletem o mundo. Daí o permanente mergulho no ser das coisas, o constante exercício de maravilhamento filosófico - a perplexidade dos primeiros pensadores.
Clarice que é de soslaio, disse para sempre em Água Viva:
Eu, que vivo de lado, sou à esquerda de quem entra. E estremece em mim o mundo.
Com freqüência, portanto, o mundo das nossas misérias também. Contudo, é preciso salientar que ao contrário de Kafka, de Becket, de Maurice Blanchot, ou de Cioran - seus pares contemporâneos -, que permanecem no fechamento do ser, no impasse e necessariamente na angústia, ela celebra a incerteza ! ... Pela primeira vez surge em uma obra literária a aceitação e a celebração do ato de perguntar como uma forma privilegiada de coragem. A coragem da esperança:
Você sabe que a esperança consiste às vezes apenas numa pergunta sem resposta?( A Maçã no Escuro)
A aceitação e a celebração da necessidade, da carência, da própria incompletude humana. Nas últimas páginas da Paixão ela diz:
Ah! meu amor, não tenhas medo da carência: ela é o nosso destino maior.
E assim como o poeta que se expande e se dissolve no mundo e na natureza à maneira do Criador, Clarice, que não tem medo da incompletude, por isso mesmo cresce e se expande nos últimos parágrafos de A Paixão segundo G.H.:
Eu estava agora tão maior que já não me via mais. Tão grande como uma paisagem ao longe. Eu era ao longe. Mais perceptível nas minhas mais últimas montanhas e nos meus mais remotos rios.
(...) como poderei dizer senão timidamente assim: a vida se me é. A vida se me é, e eu não entendo o que digo. E então adoro. - - - - - - -
A obra de Clarice Lispector é um longo poema em prosa que opera um corte oblíquo no real para iluminá-lo com sua visão e nele entalhar a aventura de sua escrita.
Falam os amigos, os leitores, os estudiosos
Na primeira reunião pública da ALACL ( Associação dos Leitores e Amigos de Clarice Lispector), que teve lugar na Biblioteca Nacional, em 1995, perguntamos aos participantes por que se interessavam pela obra de Clarice. E a atriz Maria Esmeralda, desde então assídua colaboradora, declarou:
Clarice me fascina e me assusta. Porque ela parece saber mais de mim do que eu mesma.
MARIA ESMERALDA, atriz
Outros já haviam dito:
Era Clarice bulindo mais fundo onde a palavra parece encontrar sua razão de ser e retratar o homem.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Clarice não delata, não conta, não narra e nem desenha – ela esburaca um túnel onde de repente repõe o objeto perseguido em sua essência inesperada.
LÚCIO CARDOSO, escritor, cineasta, pintor e grande amigo.
A obra de Clarice recodifica e reinterpreta em prosa poética contemporânea as crenças cabalísticas judaicas. Para a Cabala, como para Clarice, a existência se explicita e se estrutura graças ao Mistério: É a certeza da existência do Mistério que permite à humanidade exercitar sua infinita liberdade (ZOHAR); A criação não é uma compreensão, é um novo mistério (CL: Visão do Esplendor)
ESTER SCHWARTZ, Mestre em Letras, professora, co-Diretora da ALACL.
...(você pega mil ondas que eu não capto, eu me sinto como rádio de galena, só pegando a estação da esquina e você de radar, televisão, ondas curtas), é engraçado, como você me atinge e me enriquece ao mesmo tempo, o que faz um certo mal, me faz sentir menos sólido e seguro.
RUBEM BRAGA, escritor e amigo.
O desenvolvimento de certos temas importantes da ficção de Clarice Lispector insere-se no contexto da filosofia da existência, formado por aquelas doutrinas que, muito embora diferindo nas suas conclusões, partem da mesma intuição kierkegaardiana do caráter pré-reflexivo, individual e dramático da existência humana, tratando de problemas como a angústia, o nada, o fracasso, a linguagem, a comunicação das consciências, alguns dos quais a filosofia tradicional ignorou ou deixou em segundo plano.
BENEDITO NUNES, filósofo, crítico, escritor.
Não te escrevi sobre o teu livro de contos ( Laços de Família) por puro encabulamento de te dizer o que penso dele. Aqui vai: é a mais importante coleção de histórias publicadas neste país na era pós-machadiana.
ÉRICO VERÍSSIMO, escritor e amigo.
Onde estivestes de noite que de manhã regressais com o ultra-mundo nas veias entre flores abissais? Estivemos no mais longe que a letra pode alcançar: lendo o livro de Clarice, mistério e chave no ar.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
Há uma literatura brasileira A. C. ( antes de Clarice) e outra D. C. (depois de Clarice). Da narrativa nacional, herdeira dos pais fundadores da ficção século XIX e renovada, no século XX, pelas vanguardas modernistas à “coisa”, o texto clariceano, onde o que é narrado não é, exatamente, o mais importante, foi imenso o trajeto.
MARIA CONSUELO CAMPOS, Doutora em Letras, professora, escritora, co-diretora da ALACL.
Clarice Lispector requer pesquisas que privilegiem livros específicos, recusando o modelo totalizador da crítica historiográfica.
REGINA ZILBERMAN, Doutora em Letras, professora, escritora.
Hoje já não é um excesso dizer que Clarice inclui-se, na cultura da modernidade, na linhagem de criadores tangidos pelo desassossego, aqueles que obedecem mais aos imperativos da pulsão do que às leis que presidem as convenções formais.
LÚCIA HELENA VIANNA, Doutora em Letras, professora, escritora, co-diretora da ALACL.


obs: Fonte: Vidas Lusofonas.



1920

- Nasce Clarice Lispector a 10 de dezembro em Tchetchelnik, aldeia da Ucrânia, filha de Marieta e Pedro Lispector.

1921

- Clarice Lispector chega ao Brasil com dois meses de idade, razão pela qual se considera muito mais brasileira do que russa, e vai residir em Maceió.

1924

- A família se transfere para Recife, onde Clarice passa a sua infância, em um prédio da Praça Maciel Pinheiro. Estuda no Grupo Escolar João Barbalho, passando daí para o Ginásio Pernambucano.

1930

- Falece sua mãe.

1933

- Pedro Lispector transfere-se com a família para o Rio de Janeiro, passando Clarice a estudar no Colégio Sílvio Leite. Nesse período lê bastante, não só a literatura romântica de Delly, como também as obras de escritores consagrados como Júlio Dinis, Eça de Queirós, José de Alencar e Dostoiewski.

1938

- Prepara-se, no Colégio Andrews, para ingressar na Faculdade de Direito. - Nessa época, freqüenta uma pequena biblioteca de aluguel na Rua Rodrigo Silva, onde escolhe os livros pelo título. Descobre, ocasionalmente, a obra de Katherine Mansfield.

1940

- Entra para a Faculdade Nacional de Direito. - Falece seu pai.

1941

- Redatora da Agência Nacional, trabalha ao lado de Lúcio Cardoso, que se tornaria um de seus melhores amigos.

1942

- Enquanto cursa a faculdade, começa a escrever seu primeiro romance, Perto do Coração Selvagem.

1943

- Trabalha em A Noite como redatora, indo depois para o Diário da Tarde, onde faz uma página feminina assinada por llka Soares. - Naturaliza-se brasileira. - Casa-se com o diplomata Mauri Gurgel Valente, em 23 janeiro.

1944

- Acompanha o marido a Nápoles. Nessa cidade presta ajuda a um hospital de soldados brasileiros. - Começa a escrever O Lustre. - Publica o primeiro livro, Perto do Coração Selvagem, pela editora A Noite. Neste mesmo ano o romance é laureado com o Prêmio Graça Aranha.

1946

- Publica, pela Agir, O Lustre.
Nápoles, 1946

1946

- Reside em Berna, de onde viaja para a Espanha.

1949

- França e Itália. Conhece Ungaretti e De Chirico.

1949

- Em 10 de setembro nasce, em Berna, seu primeiro filho, Pedro.

1950

- Regressa ao Rio de Janeiro.

1951

- Passa seis meses em Torkway, na Inglaterra, onde faz as primeiras anotações para A Maçã no Escuro.

1952

- Publica Alguns Contos. - Escreve a crônica "Entre Mulheres" para a revista Comício, sob o pseudônimo de Teresa Quadros.

1952-1959

- Reside em Washington.

1953

- Em 10 fevereiro, nasce o segundo filho, Paulo.

1958-1959

- Colabora para a revista Senhor.

1959

- Separa-se do marido e passa a residir definitivamente, com os filhos, no Rio de Janeiro.

1959-1960

- Assina, sob o pseudônimo de Helen Palmer, a coluna "Feira de Utilidades", publicada no Correio da Manhã.


1962

- Recebe o Prêmio Carmem Dolores pelo romance A Maçã no Escuro.

1963

- Pronuncia, no Texas, a conferência "Literatura Atual no Brasil".

1967

- Fica gravemente ferida por causa de um incêndio em seu apartamento.

1967-1973

- Escreve crônica semanal, aos sábados, para o Jornal do Brasil.

1968

- Passa a integrar a Ordem da Calunga, da Campanha Nacional da Criança.

1969

- Recebe o prêmio Golfinho de Ouro.

1975

- Participa do 1º Congresso Mundial de Bruxaria, em Bogotá, com o texto "Literature and Magic".

1977

- Publica uma série de entrevistas em Fatos e Fotos, sob o título de "Diálogos Possíveis com Clarice Lispector". - Falece em 9 de dezembro.




Clarice na Cabeceira...


"Lidos e relidos, os contos de Clarice Lispector mantêm-se muito próximos de seus leitores, seres extasiados com suas histórias. Organizado por Teresa Montero, doutora em Letras e biógrafa da autora de A hora da estrela, a coletânea Clarice na cabeceira é uma seleção afetiva de contos de Clarice Lispector apresentados por 22 personalidades do cenário cultural. E não se trata de quaisquer fãs. Os escritores Luis Fernando Verissimo e Rubem Fonseca, o crítico José Castelo, a cantora Maria Bethânia, as atrizes Fernanda Torres e Malu Mader, e o diretor Luiz Fernando Carvalho são algumas dos fãs que compõem o time estelar de colaboradores do livro. Junto a cada um dos contos, os leitores convidados compartilharam a experiência de ter Clarice em suas vidas, seja por ter convivido com ela, seja apenas por meio de seus livros.

Clarice na cabeceira reúne contos de seus livros Laços de Família, A Legião Estrangeira, Felicidade Clandestina, A via crucis do corpo, Onde estivestes de noite e A bela e a fera.

Estou terminando de ler esta seleção espetacular de contos de Clarice e gostaria de repartir com vocês um dos contos do livro. Espero que gostem:


Para além da orelha existe um som, à extremidade do olhar um aspecto, às pontas dos dedos um objeto - é para lá que eu vou.
À ponta do lápis o traço.
Onde expira um pensamento está uma idéia, ao derradeiro hálito de alegria uma outra alegria, à ponta da espada a magia - é para lá que eu vou.
Na ponta dos pés o salto.
Parece a história de alguém que foi e não voltou - é para lá que eu vou.
Ou não vou? Vou, sim. E volto para ver como estão as coisas. Se continuam mágicas. Realidade? eu vos espero. E para lá que eu vou.
Na ponta da palavra está a palavra. Quero usar a palavra "tertúlia" e não sei aonde e quando. À beira da tertúlia está a família. À beira da família estou eu. À beira de eu estou mim. É para mim que eu vou. E de mim saio para ver. Ver o quê? ver o que existe. Depois de morta é para a realidade que vou. Por enquanto é sonho. Sonho fatídico. Mas depois - depois tudo é real. E a alma livre procura um canto para se acomodar. Mim é um eu que anuncio.
Não sei sobre o que estou falando. Estou falando de nada. Eu sou nada. Depois de morta engrandecerei e me espalharei, e alguém dirá com amor meu nome.
É para o meu pobre nome que vou.
E de lá volto para chamar o nome do ser amado e dos filhos. Eles me responderão. Enfim terei uma resposta. Que resposta? a do amor. Amor: eu vos amo tanto. Eu amo o amor. O amor é vermelho. O ciúme é verde. Meus olhos são verdes. Mas são verdes tão escuros que na fotografia saem negros. Meu segredo é ter os olhos verdes e ninguém saber.
À extremidade de mim estou eu. Eu, implorante, eu a que necessita, a que pede, a que chora, a que se lamenta. Mas a que canta. A que diz palavras. Palavras ao vento? que importa, os ventos as trazem de novo e eu as possuo.
Eu à beira do vento. O morro dos ventos uivantes me chama. Vou, bruxa que sou. E me transmuto.
Oh, cachorro, cadê tua alma? está à beira de teu corpo? Eu estou à beira de meu corpo. E feneço lentamente.
Que estou eu a dizer? Estou dizendo amor. E à beira do amor estamos nós. (Do livro Onde estivestes de noite).


Beth goulart interpreta Clarice Lispector



"Simplesmente Eu, Clarice Lispector", que está em cartaz no Teatro Renaissance, em São Paulo. A peça inteira é um monólogo perfeitamente conduzido por Beth Goulart, que troca de roupa sutilmente e se utiliza de cadeiras, divã, cigarros e taças de vinho para compor a personalidade de Clarice, tão complexa e simples ao mesmo tempo.
A  atriz que deu vida - ou pulso de vida, como preferiria Clarice - a uma Lispector carente, amorosa, meiga e forte ao mesmo tempo. Beth Goulart se arriscou na famosa língua presa de Clarice e soube transmitir cada pensamento da escritora. Tudo o que foi dito, foi retirado de algum livro ou da própria biografia de Clarice. Também houve um momento em que fazia menção à entrevista de Clarice concedida à TV, onde ela responde, com altivez, a quem lhe pergunta o por que de escrever: "Por que você bebe água?.

algumas fotos para os fãs de Clarice como eu apreciarem:

Abraços...

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Pitty Faz 33 anos nesta quinta-feira 07/10 , Quem vê foto, não vê coração ♪♫

                                                          ``uma investigação sobre o ser humano como um todo".
pitty







Biografia:

Pitty, Priscilla Novais Leone, é uma cantora de rock nascida em Salvador, capital baiana, em 1977. Aos 10 anos de idade, mudou-se para Porto Seguro, onde morou por quatro anos. Quando tinha 12 anos, a futura cantora percebeu que cantar era o que queria fazer da vida.
   
Em 1998, junto de mais três amigas, Carol Ribeiro, Liz Bee e Lulu, formou a banda “Shes”, da qual era baterista. Após um ano de existência e nenhum CD gravado, Pitty deixa o grupo e torna-se cantora da banda Inkoma, desta vez como vocalista.

A banda ia bem, já tinham alguns discos gravados, mas isto ainda era pouco para Pitty, que queria alçar vôos maiores. Cursou a faculdade de Música da Universidade Federal da Bahia, e um dia teve contato com o produtor musical Rafael Ramos, que produziu bandas como Matanza e o extinto Raimundos.

A partir daí, Pitty tirou da gaveta as canções que havia composto para fazerem parte do seu primeiro disco solo, o “Admirável Chip Novo”, lançado em 2003. A quase desconhecida cantora de rock chegou com personalidade no cenário musical apresentando o clipe de “Máscara”, o seu primeiro single, que propiciou à cantora duas indicações ao VMB 2003.

O segundo single e clipe, “Admirável Chip Novo”, chegou às rádios e à TV no mesmo ano, e recebeu o prêmio de Escolha da Audiência no VMB de 2004. Neste ano, seguiram-se os singles “Teto de Vidro”, “Equalize”, que recebeu os prêmios de Melhor Video Clipe de Rock Brasileiro no VMB 2004 e de Melhor Música no Multishow 2005, e “Semana Que Vem”, eleita Escolha da Audiência no VMB 2005.

Ainda em 2005, a cantora lança o disco “Anacrônico”, cujas músicas de trabalho foram a faixa-título, “Memórias”, “Déjà Vu”, “Na Sua Estante” e “De Você”. Destes cinco singles, três ganharam prêmios importantes da música brasileira, como Melhor Video Clipe de Rock com a música “Anacrônico” (VMB 2005), Melhor Clipe pela música “Memórias” (Prêmio Multishow 2006) e Clipe do Ano com “Na Sua Estante” (VMB 2007).

No mesmo ano, Pitty participou do álbum Acústico MTV do Ira! cantando com Nasi a música “Eu Quero Sempre Mais”. Dois anos depois, a baiana lança seu primeiro disco ao vivo: “{Des}Concerto Ao Vivo”. Deste álbum, saíram os singles “Pulsos”, “Na Sua Estante” e “Brinquedo Torto”, sendo os dois últimos lançados como música de trabalho em 2008.


Joe,Pitty,Martin.duda.
Chiaroscuro é o terceiro álbum de estúdio da cantora Pitty. Após 4 anos sem lançar um disco de inéditas, Pitty lançou 'Chiaroscuro em 11 de Agosto de 2009.
O primeiro single escolhido foi Me Adora que foi lançado no dia 14 de Julho de 2009, acompanhado do videoclipe, lançado em 20 de Julho de 2009. Após Me Adora Pitty divulga em seu twitter seu segundo single: Fracasso no dia 8 de fevereiro de 2010 trazendo o videoclipe em breve, junto com o segundo compacto trás a divulgação de outra música que seria o lado b de Fracasso, a música é Sob o Sol. Mas antes, em outubro de 2009, foi lançado um single-promocional do álbum, intitulado Trapézio, em que também ganhou um vídeo clipe, para a divulgação do DVD Chiaroscope, que seria o Lado B de Me Adora. O álbum chegou na 4º colocação no Top 20 ABPD.[1]
Os assuntos escolhidos para a nova empreitada não diferem muito daqueles já apresentados em seus dois primeiros álbuns de estúdio (Admirável Chip Novo de 2003 e Anacrônico de 2005). Segundo ela, "uma investigação sobre o ser humano como um todo".
O Cd foi o mais vendido do Brasil logo na sua pré-venda. Foram produzidas 14 faixas mais somente 11 entraram no disco, as músicas que ficaram fora do álbum, "Sob O Sol"(que após foi lançado como lado b de Fracasso), "Pra Onde Ir" e "Just Now" foram lançadas no terceiro DVD-Coletâneo da cantora, o Chiaroscope, lançado em outubro do mesmo ano.

Parabéns Pitty: os fãns agradecem pelo video que vc postou no seu Twitter !

Aprecie:


`` Eu quero saber me querer com toda beleza e abominação que há em mim....`` pitty

Obs: eu particulamente sou fã incondicional da pitty espero que todos os fãs assim como eu gostem! bj